As vendas cresceram 0,5% em fevereiro sobre o mês anterior, de acordo com dados com ajuste sazonal divulgados nesta quarta-feira (09), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado levou o setor ao maior nível da série histórica iniciada em janeiro de 2000, superando em 0,3% o nível recorde anterior, de outubro de 2024.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve aumento de 1,5% nas vendas.
Os resultados ficaram em linha com as expectativas em pesquisa da Reuters, de altas de 0,5% na comparação mensal e de 1,6% na base anual.
O cenário à frente, entretanto, é de inflação ainda alta, política monetária contracionista e acomodação no mercado de trabalho, o que pode levar os consumidores a mostrarem gradualmente menos ímpeto este ano.
“Apesar do resultado positivo, vemos uma moderação no consumo, consistente com a desaceleração da atividade. O desempenho no mês foi quase todo devido à alta nas vendas em supermercados, um consumo essencial. A maior parte do consumo discricionário variou moderadamente ou apresentou recuo”, destacou André Valério, economista sênior do banco Inter, citando que o volume de vendas sensível ao crédito, por exemplo, recuou 1,3% em fevereiro.
Também pairam sobre o cenário os efeitos sobre a economia global das tarifas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vêm abalando os mercados. Especialistas preveem um crescimento moderado das vendas no varejo, contribuindo para uma desaceleração da atividade econômica, diante de uma taxa de juros em patamar elevado, de 14,25% atualmente. (Reuters)
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