O mercado do café teve mais um dia de fortes quedas nas bolsas internacionais, e encerra o pregão desta segunda-feira (07) com o robusta recuando em 6,40% e o arábica com baixa de 5,72% nas cotações futuras. (Foto ilustração)
De acordo com o Barchart, o sentimento de aversão ao risco nos mercados de ativos devido aos temores da guerra comercial global prejudicou a maioria dos preços das commodities, incluindo o café. Além disso, há uma preocupação de que a demanda por café sofra o impacto do tarifaço, pois as tarifas devem aumentar os preços para os consumidores. As perdas nos preços tambpem foram aceleradas depois que o real caiu para uma mínima de dois meses e meio em relação ao dólar, incentivando as vendas de exportação dos produtores de café do Brasil.
Segundo o diretor executivo da MM Cafés, Marcus Magalhães, essa movimentação do mercado cafeeiro não está relacionada aos fundamentos, e sim consolidada na apreensão
dos operadores sobre uma possível recessão global. “O mercado está refém das incertezas sobre as tarifas de Trump. É tempo de ter calma e esperar esse efeito manada passar, pois o cenário cafeeiro tem suporte para enfrentar essa situação”, explicou o diretor.
Boletim do Escritório Carvalhaes aponta que estamos assistindo ao início de profundas mudanças nas regras do comércio global,e por enquanto é impossível enxergar os desdobramentos dessas mudanças no mercado de café. “Em nossa opinião, com estoques baixos, tanto nos países produtores como nos consumidores, e os problemas climáticos se sucedendo em todo o mundo, os preços do café tendem a se sustentar, mas é preciso aguardarmos os desdobramentos das negociações globais sobre a implantação das tarifas recíprocas para uma análise mais segura” destacou ainda o documento.
O café arábica encerra o dia registrando baixa de 2.090 pontos no valor de 344,80 cents/lbp no vencimento de maio/25, um recuo de 2.135 pontos no valor de 341,95 cents/lbp no de julho/25, uma queda de 2.140 pontos cotado por 337,75 cents/lbp no de setembro/25, e uma perda de 1.995 pontos negociado por 332,80 cents/lbp no de dezembro/25.
Já o robusta encerra com um recuo de US$ 316 no valor de US$ 4,796/tonelada no contrato de maio/25, uma perda de US$ 328 negociado por US$ 4,800/tonelada no de julho/25, uma baixa de US$ 317 no valor de US$ 4,765/tonelada no de setembro/25, e uma queda de US$ 310 cotado por US$ 4,686/tonelada no de novembro/25. (Por Raphaela Ribeiro)
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