Sistema de produção e distribuição de bens e serviços baseado na autogestão e no cooperativismo, a economia solidária está no centro dos debates na Conferência Estadual de Economia Popular e Solidária, que se realiza até esta sexta-feira (22), no Gran Hotel Stella Maris. Um discurso uníssono dominou a abertura oficial do evento: a importância da atuação coletiva para a ampliação dos investimentos, da assessoria técnica e universalização dessa política pública. (Foto ilustração)
Para o representante da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária (Senaes), o economista Francisco de Oliveira, “a Bahia é um farol” que tem se destacado na estruturação dessa política. “O modelo começou a ser implantado no Sul, mas o Nordeste tomou para si , afirmou com força popular e a Bahia avançou de modo expressivo”, disse ao destacar a importância da Conferência, preparatória para a conferência nacional, prevista para agosto de 2025. “Tudo é luta. É a nossa chance de recolocar a economia solidária na agenda de investimentos do governo federal”, pontuou.
As Conferências são consideradas espaços democráticos de participação popular, fundamentais para a construção e fortalecimento da política pública. “Esse retorno das conferências só está sendo possível graças ao governo Lula. É importante para que essas políticas públicas sejam calçadas na mobilização e nas reivindicações concretas daqueles que estão lá na ponta”, observou o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia, Davidson Magalhães. Para ele é preciso sensibilizar governos e sociedade em defesa desse modelo. “Nós não estamos falando de um nicho. No Brasil, são 23 milhões de pessoas envolvidas na economia popular e solidária”, ressaltou.
Nesses dois dias de evento, os participantes vão definir as propostas a serem defendidas pela Bahia no encontro nacional, em Brasília. As sugestões estão sendo estruturadas em torno de cinco eixos temáticos: realidade socioambiental, cultural, política e econômica; produção, comercialização e consumo; financiamento, crédito e finanças solidárias; educação, formação e assessoramento técnico; e ambiente institucional, incluindo legislação, gestão e integração de políticas públicas.
Os 600 delegados eleitos nas prévias realizadas em agosto e setembro, durante dez conferências interterritoriais, vão eleger 82 representantes para integrar a delegação baiana na 4ª Conaes. (Ascom/Setre)
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