O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT – foto ilustração) vai participar, nestas quinta (5) e sexta-feira (6), da 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Montevidéu, capital do Uruguai. A agenda marca o encerramento da presidência uruguaia do bloco e a transferência de comando para a Argentina.
O acordo entre o grupo sul-americano e a União Europeia é um dos assuntos que será debatido pelas autoridades. No último dia 29, Lula se reuniu com o presidente eleito do Uruguai, Yamandú Orsi, no Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, os dois discutiram o tratado.
Além do acordo com a União Europeia, as autoridades sul-americanas vão analisar tratados com os Emirados Árabes Unidos e com a Associação Europeia de Livre Comércio, de acordo com o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Mauricio Carvalho Lyrio.
Em relação ao acordo do Mercosul-União Europeia, o embaixador destacou que as negociações refletem compromissos políticos e promovem valores como democracia e sustentabilidade.
“Estamos vendo de maneira positiva o desenrolar das negociações. O próprio presidente Lula já fez referência à expectativa de que tenhamos a conclusão das negociações até o fim do ano”, garante Lyrio.
O secretário também lembrou da fala de Lula afirmando que isso tem um significado além do comercial. “Porque tem uma importância política também muito considerável, nesse momento de conflitos, antagonismos recorrentes, protecionismo e ameaças unilaterais.”
Negociado há mais de 20 anos, o tratado está em fase de finalização, e a expectativa do governo Lula é de uma assinatura ainda neste ano. Se concluído, o acordo formará uma das maiores áreas de livre comércio do planeta, com quase 720 milhões de pessoas, 20% da economia global e 31% das exportações mundiais de bens.
No entanto, o tratado esbarra em diversos obstáculos. O mais recente imbróglio se dá na área ambiental. (r7)
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