Com um mercado cada vez mais exigente, as origens produtoras de café também se empenham em comprovar sua origem com certificações. Além do Brasil, outras importantes origens produtoras estão se movimentando para apresentar dados consolidados e manter o mercado aquecido. (Foto ilustração)
Na reta final da colheita, na última semana, dados divulgados por um portal da Indonésia chamaram atenção. De acordo com a publicação, o quarto maior produtor de café do mundo deu início ao processo de 54 indicações geográficas no país. A expectativa é que novos mercados sejam abertos para o robusta da Indonésia.
“Isso é algo que esperávamos, onde podemos apresentar produtos de indicação geográfica nacional para o mundo ver”, disse Kurniaman Telaumbanua, diretor de Marcas e Indicações Geográficas.
Agora a Indonésia aguarda para saber se todas as indicações serão aprovadas de acordo com o Padrão Nacional da Indonésia (SNI). “Todo o processo desde o plantio, processamento, ferramentas utilizadas, adesão, grupos de agricultores, combinação de grupos de agricultores, tamanho da área e informações detalhadas sobre o café Lahat devem ser indicados no documento descritivo”, afirma a publicação.
A produção da Indonésia está estimada em 10,9 milhões de sacas para o ciclo atual, de acordo com dados do USDA. Se confirmada, o número representa um aumento substancial em comparação com o ciclo anterior, quando a produção foi de 8 milhões de sacas.
Muito forte na produção de robusta, para Haroldo Bonfá, o expressivo número de indicações geográficas (IG) chama atenção e pode ser considerado positivo diante de um mercado tão exigente. “A colheita está na reta final, teve início em abril, e esse é um indicador positivo, já que cada vez mais vemos os consumidores buscando pelas origens nos supermercados”, afirma o analista. (Virgínia Alves)
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