A Petrobras (PETR4) pode pagar US$ 19 bilhões em remuneração aos acionistas até o primeiro trimestre de 2025 (1T25), avalia o Goldman Sachs, implicando em um dividend yeld (rendimento de dividendo) de cerca de 20%.
O valor estimado pelos analistas considera US$ 8 bilhões em dividendos ordinários mais recompras (para um rendimento implícito de cerca de 9%), derivados da atual política de distribuição de proventos, e até US$ 11 bilhões em dividendos extraordinários (potencial rendimento extraordinário de cerca de 11%).
O banco reconhece que o valor estimado de US$ 19 bilhões deve ser visto como um teto do valor potencial que a empresa poderia distribuir, considerando que:
– a empresa estaria operando com o nível mínimo de caixa exigido pela gestão;
– entrada de novas plataformas em 2025 (adições de leasing), que poderiam mover o endividamento mais próximo do limite de US$ 65 bilhões, potencialmente demandando pré-pagamento de dívidas, reduzindo a disponibilidade de caixa;
– potenciais fusões e aquisições, que também poderiam limitar o espaço para a distribuição de dividendos extras.
Apesar de recomendar compra para a estatal, com preço-alvo de R$ 53 para PETR3 e R$ 48 para PETR4, o Goldman mantém preferência pela Prio (PRIO3) no setor de óleo e gás.
A Petrobras irá reportar seus números referentes ao segundo trimestre de 2024 (2T24) no dia 08 de agosto, após o fechamento do mercado. A projeção do Goldman Sachs é de um Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de cerca de R$ 65 bilhões, um pouco abaixo do consenso da Bloomberg (2%). “De acordo com a política de remuneração aos acionistas da empresa e as nossas estimativas atualizadas, isso implicaria no anúncio de US$ 2,7 mil milhões em dividendos mais recompra de ações. Como estimamos que a empresa realizou cerca de US$ 100 milhões em recompra de ações ao longo do trimestre, isso por sua vez implicaria no anúncio de US$ 2,6 bilhões em dividendos juntamente com os resultados.” (Lorena Matos)
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