A programação do Museu Casa do Sertão, da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), foi retomada com diversas exposições abertas à visitação. Os espaços estão preenchidos com acervos particulares e institucionais que contam histórias de um sertão vibrante em cores, formas e narrativas. Participam da programação os artistas Bel da Bonita e Edson Duarte, Antônia Tumbalalá, Marilene Brito, Elaine Oliveira, Hortência Sant´Ana. (Foto ilustração)
A exposição de autoria de Bel da Bonita e Edson Duarte é intitulada “Ô de Casa: Moradas, Afetos e Imaginários Sertanejos”. A mostra reúne um conjunto artístico bi e tridimensional, para dar conta de leituras sobre a moradia no meio rural baiano. Já a mostra “Marilene Brito e Suas Narrativas Sertanejas” traz um conjunto de peças, o modo de vida de pessoas do campo e personagens emblemáticos, como o casal Lampião e Maria Bonita, os festejos juninos, as práticas laborais, como pesca e extração do leite, e figuras míticas, como a sereia.
Em parceria com o ANJUKÁ – Centro de Memória dos Povos Indígenas do Nordeste, neste mês de celebração à resistência dos povos originários, acontece a exposição de cerâmica das Mulheres indígenas do povo Tumbalalá, denominada “Nasci e Vivo do Barro: as mulheres do barro e a loiça Tumbalalá”. O trabalho da ceramista Antônia Tumbalalá evidencia um recorte visual sobre as filhas do povo Tumbalalá, dos municípios baianos de Abaré e Curaçá. As cerâmicas dividem espaço com o ensaio fotográfico e audiovisual homônimo, realizado nas comunidades por Hortência Sant ́Ana.
A Exposição “Sertão em Flor” da artista e professora Elaine Oliveira, é uma imersão na cultura e na resistência do povo nordestino, abordando de forma viva a flora da Caatinga e os elementos simbólicos que compõem a identidade do sertão. A artista utiliza uma variedade de técnicas, como pintura, ilustração (line art e aquarela digital) e colagem, para retratar a beleza e os desafios desse bioma. A programação também inclui uma mostra de imagens que apresenta os festejos da Micareta de Feira de Santana, com fotos, cartazes, textos e documentos que ilustram a passagem do tempo, personagens e as modificações sociais ocorridas na cidade.
O museu Casa do Sertão completa 47 anos de existência em 2025. O espaço, que após intervenções passou a contar com melhores espaços para armazenamento, controle e processamento de informações, agora tem módulos de arquivos deslizantes em aço, prateleiras móveis, traineis e fechaduras de segurança com foco na conservação preventiva do acervo. Também foram realizados o restauro de peças de barro. Anteriormente, já haviam sido investidos recursos nas instalações elétricas, iluminação expográfica e acessibilidade física do espaço.
Saiba mais sobre o acervo do museu Casa do Sertão através do link www.mcs.uefs.br/o-museu/acervo. (Ascom/Uefs)
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