Os gastos do governo federal com o Bolsa Família registraram um aumento significativo de 47,1% em 2023 em relação ao ano anterior. Este programa de transferência de renda é um dos principais componentes dos benefícios sociais oferecidos pelo governo, que, de maneira geral, viu suas despesas públicas crescerem 3,6% no mesmo período. A necessidade de financiamento líquido do governo geral alcançou R$ 844 bilhões, refletindo um aumento expressivo de 111,2% em comparação a 2022. (Foto ilustração)
Segundo dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (27), as despesas totais do governo subiram 13,2%, enquanto a receita teve um crescimento mais modesto de 3,4%. A arrecadação de impostos, por sua vez, apresentou um aumento de 4,1%, e as contribuições sociais cresceram 7,5% em 2023. Um dos destaques foi o aumento de 16% na arrecadação de impostos sobre a propriedade, impulsionado principalmente pelo crescimento de 24,7% no IPVA. Além disso, os impostos sobre a folha de pagamento tiveram um crescimento de 12,6%.
No entanto, houve uma leve queda de 0,9% nos impostos relacionados ao comércio e transações internacionais. Já os impostos sobre bens e serviços subiram 3,3%, enquanto os impostos sobre renda, lucro e ganhos de capital aumentaram 3,4%. Por outro lado, algumas fontes de receita apresentaram resultados negativos. A receita proveniente de dividendos caiu 39,4%, e a receita de concessões teve uma redução de 30,1%.
Em contrapartida, outras transferências mostraram um crescimento expressivo de 120,2%, em grande parte devido à arrecadação de R$ 26 bilhões em recursos abandonados do PIS/Pasep, que contribuíram para melhorar a situação fiscal do governo. (Por Victor Oliveira)
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