Foi um banho de água fria no PT a fala do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo (foto ilustração), sobre a perspectiva de redução da queda dos juros nos Estados Unidos no governo de Donald Trump e seu impacto no mundo. O partido via no diretor indicado por Luiz Inácio Lula da Silva a aposta para uma mudança radical na política de juros do atual comandante do BC, Roberto Campos Neto. Porém, no G20 Talks desse feriadão, Galípolo deixou os políticos com a sensação de que essa guinada não será possível, por causa das medidas que Trump promete adotar, tais como, elevação das tarifas de importação e nova política de imigração.
Modo cobrança
Os petistas admitem uma redução das suas expectativas em conversas reservadas, mas, publicamente, a ordem é continuar na linha de pressionar para alteração mais contundente no que vem sendo feito por Roberto Campos Neto. No BC, prevalece a visão de que é preciso todo o cuidado no controle dos juros. Quando a política prevaleceu nesse campo no passado, foi o país quem pagou a conta. (Denise Rothenburg)
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