Em entrevista à Bloomberg Brasil, o secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio (foto ilustração) , destacou a expansão do uso da bactéria Wolbachia como parte das estratégias de enfrentamento ao Aedes aegypti no Brasil. A tecnologia, aplicada inicialmente em cidades como Niterói (RJ), Campo Grande (MS) e Petrolina (PE), demonstrou resultados promissores na redução de casos de dengue ao longo de 2024. A metodologia Wolbachia, desenvolvida pelo World Mosquito Program (WMP) em parceria com a Fiocruz, interfere na capacidade de transmissão do vírus pelo mosquito, tornando-o menos eficiente na disseminação da doença.
De acordo com o secretário, o programa deve ser ampliado a nível nacional com suporte de novas biofábricas, previstas para início de operações em 2025. Essas instalações, que serão as maiores do país, localizadas em Curitiba (PR), Ceará (CE) e Belo Horizonte (MG), aumentarão exponencialmente a produção de ovos de Aedes aegypti contendo Wolbachia.
Com a expansão, o Brasil espera cobrir um maior número de cidades e otimizar a distribuição desses ovos às regiões mais críticas. “A nossa meta é transformar essa tecnologia em política pública, deixando de ser um projeto de pesquisa e passando a integrar as estratégias permanentes de controle do Aedes aegypti em larga escala”, afirmou o Secretário.
As expectativas do Ministério da Saúde para 2025 incluem a distribuição massiva de ovos do mosquito em áreas identificadas como prioritárias. Cidades como Joinville (SC), Foz do Iguaçu (PR) e Londrina (PR) já recebem a metodologia e devem registrar impacto positivo no combate à dengue ainda no próximo verão. (MS)
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